A Obra

  • Pontifícia Obra da União Misionária

Esta Obra é como que a alma das outras Obras, porque as pessoas que a compõem são especialmente capazes de suscitar o espírito missionário nas comunidades cristãs e de incrementar a cooperação missionária.
"A União Missionária do Clero deve ter em vista sobretudo a cultura missionária dos sacerdotes a fim de que, com o exemplo e a palavra, se interessem pelo grande problema e possam iluminar o povo..." (Pe. Paulo Manna).
"O número daqueles que ignoram Cristo e não fazem parte da Igreja está em contínuo aumento. Mais ainda, quase duplicou, desde o final do Concílio. A favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o seu Filho, é evidente a urgência da missão. Por outro lado, a época que vivemos oferece, neste campo, novas oportunidades à Igreja; a queda de ideologias e sistemas políticos opressivos; o aparecimento de um mundo mais unido, graças ao incremento das comunicações; a afirmação, cada vez mais freqüente entre os povos, dos valores evangélicos que Jesus encarou na sua vida: paz, justiça, fraternidade, dedicação aos pequenos; um tipo de desenvolvimento econômico e técnico sem alma, que está criando, em contrapartida, a necessidade da verdade sobre Deus, o homem e o significado da vida. Deus abre, à Igreja, os horizontes de uma humanidade mais preparada para a semeadura evangélica. Sinto chegado o momento de empenhar todas as forças eclesiais na nova evangelização e na missão ad gentes. Nenhum crente, nenhuma instituição da Igreja pode esquivar-se deste dever supremo: anunciar Cristo a todos os povos." (RMi 3)
Se teve que sofrer por esta causa, também lhe provocava sofrimentos a verificação da causa da falta de missionários: a ignorância da dimensão missionária dos padres, que, muito absorvidos nas atividades pastorais, não percebem a urgência além de suas fronteiras. Estes fatos fizeram conceber, "não sem uma inspiração do alto" (Paulo VI), esta Obra para ser um estímulo a todos os padres para socorrer as necessidades da missão.

Em todo este processo de maturação, foi providencial a colaboração do Bispo de Parma, Dom Guido Conforti, fundador dos Xaverianos, que foi o primeiro presidente, no período de 1917-1927.
Em 1956, por ocasião dos 40 anos de existência, o mesmo Pio XII a elevou a PONTIFÍCIA. Paulo VI diz que é "a alma das demais Obras Missionárias" e "apta para fomentar principalmente uma intensa espiritualidade missionária" (Graves et Increscentes, 27).